A imigração europeia no estado do Paraná



No Paraná, a ocupação europeia aconteceu tanto por portugueses como por espanhóis, uma vez que o território que forma hoje o estado estava dividido entre Portugal e Espanha, pelo Tratado de Tordesilhas.

Desde o início do século XVI, exploradores europeus percorreram o território paranaense. Em 1541, Dom Alvarez Nuñes Cabeza de Vaca, partindo da Ilha de Santa Catarina, seguiu por terra em direção a oeste, tomando posse simbólica desse território em nome da Espanha. Ele chegou à foz do rio Iguaçu e foi o primeiro europeu a alcançar as Cataratas do Iguaçu.

Em 1554, às margens do rio Paraná, perto da foz do rio Ivaí, foi criada a primeira povoação europeia em território paranaense, a Vila de Ontiveros, com cerca de oitenta homens enviados para esse fim.

Depois, o povoamento se transferiu para perto da foz do rio Piquiri, recebendo o nome de Cuidad Real del Guayrá – hoje município de Terra Roxa –, que juntamente com Vila Rica do Espírito Santo – nas margens do rio Ivaí – formou a província de Vera ou do Guairá.

Desde o início da ocupação, os padres jesuítas criaram reduções, também chamadas de missões, para catequizar os povos indígenas, ensinando-lhes ofícios, artes, leitura e escrita. Como atividade econômica, organizaram a agricultura e a pecuária.

Observe no mapa a seguir as reduções implantadas no período de 1600 a 1640.


As reduções jesuíticas no Paraná - Mapa


 As reduções jesuíticas no Paraná - Mapa

As reduções jesuíticas no Paraná - Mapa

As reduções jesuíticas no Paraná - Mapa – Imagem em Alta Resolução



Por outro lado, os portugueses também iniciaram a colonização do território paranaense com a criação de duas capitanias sobre o nosso litoral. A primeira, a Capitania de São Vicente, na região compreendida entre a Barra de Paranaguá e a de Bertioga, e uma segunda, a Capitania de Sant’Ana, desde a Barra de Paranaguá até onde fosse legítima pelo Tratado de Tordesilhas.

Em 1549, um viajante europeu chamado Hans Staden, que estava a bordo de uma nau espanhola que naufragou na altura da barra do Superagui, depois de muitas aventuras vividas entre os indígenas, voltou para a Europa e, em 1557, publicou as primeiras notícias sobre a baía de Paranaguá.

Várias bandeiras percorreram o território paranaense à procura de ouro.

Em 1648, a descoberta de ouro possibilitou a elevação do povoado de Paranaguá à categoria de Vila de Nossa Senhora do Rosário e, em 29 de março de 1693, Curitiba foi elevada à vila pelo então capitão-povoador Mateus Martins Leme.

Os primeiros povoadores de Paranaguá e Antonina foram os faiscadores de ouro. Em 1797, o povoado foi elevado à categoria de vila, recebendo a denominação de Vila de Antonina. O nome da vila foi em homenagem à memória do príncipe D. Antônio, filho primogênito do então príncipe-regente D. João VI e de dona Carlota Joaquina.


DEBRET, Jean-Baptiste. Curitiba. 1827.


 DEBRET, Jean-Baptiste. Curitiba. 1827.

DEBRET, Jean-Baptiste. Curitiba. 1827.

DEBRET, Jean-Baptiste. Curitiba. 1827 – Imagem em Alta Resolução




BONA, Theodoro. Colégio dos jesuítas, em Paranaguá. 1873. Nanquim e lápis sobre papel.


 BONA, Theodoro. Colégio dos jesuítas, em Paranaguá. 1873. Nanquim e lápis sobre papel.

BONA, Theodoro. Colégio dos jesuítas, em Paranaguá. 1873. Nanquim e lápis sobre papel.

BONA, Theodoro. Colégio dos jesuítas, em Paranaguá. 1873 – Imagem em Alta Resolução





Glossário


Reduções: aldeamentos fundados pelos jesuítas em terras da América portuguesa e espanhola com objetivo de converter os índios à fé católica.

Catequizar: ensinar a religião com o objetivo de converter a ela aquele que está aprendendo. Os padres jesuítas ensinavam aos índios, por exemplo, os princípios do catolicismo.




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