Esses índios possuíam um estilo de vida bastante simples. Muitas famílias guaranis moravam na mesma aldeia e, à noite, repousavam sobre esteiras macias forradas com folhas e penas de animais. Para se protegerem do frio, os indígenas mantinham alguma fogueira sempre acesa (tatá-rendaba), para a qual voltavam os pés quando dormiam. Entre os utensílios domésticos que usavam pode-se citar: o cesto simples (jacá), o cesto pequeno com tampo (uru), o cesto com asa (samburá), a peneira (uru-pema), as panelas (nhaem-popô), o pote pequeno (camuti ou camucim), o recipiente central de água (y-guaçaba), as cuias que serviam de canecos, o fuso (y-yma) e o pilão (induá).
Entre os diferentes grupos de guaranis, havia os mais numerosos: os caiuás, os nhandevas, os chiriguanos e os mbiás. Entre os guaranis, os mbiás, que se localizavam em São Paulo, Santa Catarina e no litoral paranaense, também eram chamados de carijós. Esse nome tem sua origem no termo cariyoc, que significa “descendente dos brancos”.
Os carijós (também conhecidos como carios) viviam em aldeias distribuídas por todo o litoral. Faziam roças de milho e mandioca, mas também se alimentavam de mel, frutas, entre outros. Eram considerados ótimos arqueiros e desde meninos aprendiam a usar suas armas. Caçavam antas, veados e macacos que viviam na região e pescavam usando arpões ou flechas. A pesca era muito importante para sua subsistência.
Eles também preparavam bebidas fermentadas que eram servidas nas cerimônias da tribo, em que dançavam e cantavam. Trançavam cestos, redes e esteiras e sabiam fazer objetos de cerâmica. Construíam choças retangulares com estacas de madeira cobertas por folhas de palmeira e dormiam em esteiras.
Esses índios eram conhecidos por serem bastante receptivos com os estrangeiros que atracavam em suas terras. Talvez seja por isso que foram completamente dizimados.
Um aspecto interessante da cultura destes povos é o respeito que os adultos mantêm com suas crianças, a ponto de tratá-las quase como adultos. As crianças não possuíam muitos brinquedos, mas tinham uma grande autonomia para correrem pelas matas, brincarem de caçadas ou mesmo ajudar os adultos nas tarefas diárias e nas tomadas de decisão.
Pelas leis portuguesas dos séculos XVI e XVII era proibido caçar índios e transformá-los em escravos. Mas as mesmas leis permitiam capturar e escravizar índios por meio do que se chamava de “guerra justa”. Qualquer conflito entre os colonos e os índios, que desencadeasse uma guerra, podia ser pretexto para aprisioná-los e levá-los ao cativeiro.
Depois de várias migrações, os Guarani podiam ser encontrados em Itariri, em Araribá, na aldeia Bananal, terra indígena de Peruíbe, em Itanhaém.
Os habitantes das vilas de São Vicente, Santos e São Paulo muitas vezes se envolviam em guerras para aprisionar índios e escravizá-los. Preferiam sempre os tupis-guaranis, que consideravam de mais fácil convívio, apesar de serem os principais aliados dos portugueses desde o início da colonização.
Os índios Guarani do estado de São Paulo
Esses índios possuíam um estilo de vida bastante simples.
Esses índios eram conhecidos por serem bastante receptivos com os estrangeiros
Entre os guaranis, os mbiás, que se localizavam em São Paulo
Os índios Guarani do estado de São Paulo
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